Torres (América do Sul/ Brasil/Rio Grande do Sul/Litoral Norte) – 200 km de Porto Alegre.
Constituído ao redor de três grandes torres de origem vulcânica que despontam no Litoral Norte Gaúcho, o município de Torres formou-se como região única, seja por sua beleza natural, com falésias, furnas, dunas, ilha, mar e lagoas, ou por sua riqueza histórica e cultural.
Constituiu-se como um dos municípios mais antigos do Estado, tendo seu território utilizado primeiramente por índios sambaquianos, carijós de Santa Catarina e Arachanes, do Rio Grande do Sul, estes últimos em seu comércio de trocas. Por volta de 1500, as trilhas indígenas abertas em meio a matagais começaram a ser usadas também por bandeirantes, na captura de índios, que os levavam a São Paulo como escravos. Estes caminhos transformaram-se no principal elo de ligação entre o resto do Brasil e os núcleos avançados do povoamento português, além de constituírem-se como base para as primeiras ruas do município.
Devido a sua geografia, Torres assumiu a importante função de controlar a estratégica passagem, na qual foi instalado um posto fiscal que logo se transformou em Guarita Militar da Itapeva e Torres (entre 1774 e 1776). A construção do Forte de são Diogo, em 1777, em função das disputas entre castelhanos e portugueses, denota com propriedade esta função militar e estratégica.
Caracteriza-se por uma região de forte influência portuguesa. A arquitetura das casas antigas da primeira rua da cidade, Júlio de Castilhos, ou da Igreja São Domingos (construída em 1824) demonstra a olhos vistos a relação que esta cidade promissora mantém com seu passado.
É o que chamamos de “história "viva" de Torres. Assim são consideradas estas casas antigas da rua Júlio de Castilhos, representativas da vida inicial da localidade. Trata-se de um casario todo construído no século passado, de pedras extraídas do Morro do Farol, rejuntadas com barro e cal de sambaquis e madeiramento de lei, extraído das matas que então existiam na Praia da Cal e ao redor da Lagoa do Violão.
Formando-se como um povoado de pescadores, ligada oficialmente enquanto freguesia vila Conceição do Arroio, São Domingos das Torres se desenvolveu tendo como base inicial a atividade da pesca.
Em 1836, devido a Revolução Farroupilha, iniciada em 1835, a região sentiu as dificuldades da guerra civil. No ano seguinte, através da Lei de 20 de dezembro de 1837, seria criada a Freguesia de São Domingos das Torres, 28ª da Província. O desenvolvimento da Freguesia deu-lhe o privilégio de ser elevada a categoria de Vila, o que ocorreu em 21 de maio de 1878 pela Lei Provincial n.º 1152, dando-se a sua instalação a 22 de fevereiro de 1879. Após ser rebaixada novamente a categoria de Freguesia em 1887 e reanexada a Conceição do Arroio, em 1890 é por fim definida enquanto comunidade de São Domingos das Torres.
O desenvolvimento turístico de Torres, hoje abarcando público nacional e internacional, deu-se principalmente nas primeiras décadas do século XX, sendo um de seus marcos a presença do Hotel Picoral, empreendimento que teve início em 1915. Na construção do “Quadrado do Picoral”, hoje onde se encontra a nomeada praça Marechal Deodoro, era possível encontrar diversos chalés, ainda vistos em fotografias da época.
Temos como exemplo mais recente de investimento em turismo o Parque Guarita, em que a atuação do Estado, na compra das áreas no entorno das torres e com o decreto que as constituía como espaços de utilidade pública, foi essencial para o processo de valorização do Município. A região em questão foi cenário do primeiro filme gaúcho fonado: “Vento Norte”. Em 1980 volta a ser destaque com o filme “Pontal da Solidão”.
Outros pontos turísticos se destacam por sua beleza e história, como a Lagoa do Violão, o Rio Mampituba, a Ilha dos Lobos, as dunas do Parque da Itapeva, os Molhes do Mampituba além de uma extensão de belas praias, que fazem do município um lugar único para se viver com qualidade.
Tradição e Infraestrutura Esportiva
A diversidade de ambientes em Torres reserva muitas surpresas para quem gosta de aventura: rapel, escalada, motocross, rafting, surf, kite surf, jet sky, paraglider e canoagem são esportes que mantêm-se presentes na cidade. Modalidades mais tradicionais também são realizadas: caminhadas orientadas, futebol, vôlei de praia, golfe, ciclismo e ginástica são práticas presentes no verão ou no inverno.
Torres já foi sede de grandes campeonatos de surf, a nível nacional e internacional, tendo com destaques deste meio atletas de renome mundial como Rodrigo Dorneles “Pedra” e Daison Pereira.
O município destaca-se também no futebol amador da região, contando com mais de 10 clubes amadores em atividade. Inclusive o Grêmio Esportivo Torrense já disputou o Campeonato Gaúcho das séries C e B, conquistando em 1998 o título da série C.
Informações Ambientais, Recursos Naturais, etc.
O nome da cidade, Torres, já denota um de seus grandes diferenciais. O município foi batizado desta forma devido s formações rochosas existentes na faixa da praia, respectivamente Torres: Norte, do Meio e Sul, além da pequena torre da Guarita. Essas formações têm origem vulcânica (basalto) e tornaram-se um dos símbolos do Litoral Norte Gaúcho.
O Município apresenta uma grande biodiversidade, acompanhando seus variados ambientes: dunas, banhados, lagoas, rio, ilha, morros e praias. Desta forma, a fauna do município mostra-se muito diversificada, abarcando uma infinidade de animais que acompanham as possibilidades diferenciadas da nossa geografia. Como exemplo temos as baleias, leões marinhos, teiús, cágados, gambás de orelha branca, anu-branco, gavião chimango, coruja-buraqueira etc.
Uma rica flora também é presente, inserida no contexto da Mata Atlântica. Apresenta predominância de herbáceas e arbustos, com várias espécies arbóreas, entre as quais: Aroeira, Araçá, Quaresmeira e Capororoca etc.
O Parque Estadual da Guarita e a Ilha dos Lobos são locais de extrema importância ao ecossistema da região, por isso resguardados com os devidos cuidados ambientais. Seus atrativos naturais, assim como de outros locais no Município, tornam Torres um dos locais mais bonitos e agradáveis de se viver do Brasil.
Informações sobre Desenvolvimento Turístico, Comercial, Cultural, Meios de Comunicação, etc.
Por suas condições naturais, históricas, de localização e infra-estrutura, Torres atrai um grande número de eventos, nacionais e internacionais durante todo ano. Congressos, seminários, simpósios e convenções movimentam os campos do saber e do turismo de negócios. A cidade surpreende também com seus típicos quiosques a beira-mar, pubs, boates, shows ao ar livre, carnaval de blocos e um disputado réveillon. Temos uma excelente infra-estrutura turística. São mais de 10000 leitos, entre hotéis, pousadas, chalés e campings.
Esta estrutura pré-existente se estabeleceu já que o município tem um fluxo grande de turistas. A população estimada de 33.680 habitantes passa, em alta temporada, para em torno de 200.000. É calculado que Torres receba, durante os três meses que caracterizam a temporada de veraneio, cerca de 400.000 turistas, sendo 100.000 fixos.
No que refere-se a meios de comunicação, contamos com 3 rádios e 6 jornais impressos. Associações comerciais e empresariais também compõe organizações no Município, como ACONT, SINDILOJAS, CDL e AHRBS.
O Centro de Convenções ULBRA – Torres, o Pavilhão de Eventos, Centro Municipal de Cultura e o SESC – Torres, são locais de intensa circulação e produção de eventos, nacionais e internacionais, com uma ótima infra-estrutura e condições de abarcar as mais diversas atrações.
Gastronomia
Na gastronomia, o Município mostra um cardápio variado. Ás margens do Rio Mampituba, que divide Rio Grande do Sul de Santa Catarina, pizzarias, galeterias, churrascarias e restaurantes especializados em frutos do mar compõem diversas opções. Já na região central da cidade, destacam-se os buffets, lancherias, sorveterias e cafés.
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