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Marina Raymundo da Silva
Marina Raymundo nasceu na cidade de Taquara e é moradora da cidade de Osório.Professora com formação em História.Fez curso de Folclore,é mentora do Arquivo Histórico Municipal Antonio Stenzel Filho, sócia fundadora da Associação de Estudos Culturais e membro da Comissão Gaúcha de Folclore.
A motivação pelo resgate de memórias surge dentro das disciplinas afins da faculdade. A partir da primeira pesquisa, publicada no a...Vizualizar perfil completo
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04/12/2015
Imagem centenária de Santa Catarina de Palmares do Sul


História da escultura em madeira de Santa Catarina de Palmares do Sul
Ainda hoje intriga aos moradores do lugar a origem da imagem esculpida em madeira- quem a trouxe e de onde veio a imagem de Santa Catarina.
A história:
Esta imagem foi encontrada no Balneário Quintão, em 1885,por um carreteiro de nome Marcos Branco. O mesmo a transportou e fixou-a na ponte de Palmares, hoje denominada Ponte Imperial, construída no ano de 1852, com mão de obra escrava¹ , na propriedade de dona Sinhá.
Alguns fatos acontecidos no local da Ponte Imperial foram recebidos pela comunidade como representação santificada da imagem. Entre eles, conta-se que um viajante que por ali passava com toda a família num carro à cavalo, ao deparar-se com a imagem, puxou a arma e lhe deu dois tiros pois acreditava ser um espantalho.Esta imagem, ainda hoje, possui as provas do fato porque encontram-se encravadas em seu braço direito as duas balas disparadas.
No retorno do passeio, o carro virou na ponte, morrendo ele e toda a família.
Em outra ocasião, passava também pelo local um viajante em uma carroça que, com um cabo de relho, quebrou parte do braço de madeira da imagem. O viajante seguindo viagem, ao atravessar um olho d’água na região do Bacupari afundou, morrendo todos os seus ocupantes.
No ano de 1915, dona Henriquieta Antunes de Souza solicitou à dona Sinhá, para zelar por aquela imagem. Consentida, a imagem foi transportada para a localidade chamada de Ponte de Ferro, à 5 Km da Estação Férrea de Rancho Velho. Na atualidade Rancho Velho é distrito de Capivari do Sul.
Este local é bem lembrado pelo senhor Ranulfo Boeira dos Santos² nascido em Osório, no ano de 1945 porque, aos 12 anos de idade, tomando o trem saindo de Osório foi até lá cumprir promessa em devoção à Santa, acompanhado de uma vizinha sua, dona Santa.
Diante dos acontecimentos noticiados de boca em boca através dos anos, Dona Henriquieta transportou-a numa carretilha até a Igreja Matriz de Viamão, onde a imagem foi benta como Santa Catarina.
Recebe grande quantidade de promessas, principalmente da comunidade católica e por ter recebido a bênção do padre João Wagner.
Conforme a oralidade cita-se, por exemplo, algumas graças, entre outras alcançadas por intermédio de Santa Catarina:
Em 1925, a senhora Hilda Pacheco Gayer, obteve a cura de um câncer. Há registro de agradecimento à Santa, numa placa exposta na gruta construída para ela.
Também, Adão Dias Santa’anna, teve a graça da cura de um câncer no lábio. Em louvor à cura recebida ele promoveu uma festa aberta à comunidade, na propriedade da então falecida dona Henriquieta.
A Santa Imagem, protegida por uma gruta de pedra é presenteada de diversas maneiras como capas de cetim para cobri-la, fitas coloridas, flores, fotos, etc........E, conforme panfleto “ Esta imagem pertence à família Bueno Ferreira, cujos fatos foram narrados pelo senhor José de Souza Ferreira, bisneto do casal Israel Antonio de Souza e Henriquieta de Souza, primeiros proprietários e zeladores da Santa”.
O senhor José de Souza Ferreira, afirma que, um historiador e geólogo, que embora não lhe tenha trazido o laudo de avaliação sobre a origem da imagem, lhe comentou que ao analisar os seus traços, indicavam ser proveniente da Corte Portuguesa. Em outras avaliações, dizem ser ela, originária do Oriente Médio, observando-se os traços da cabeça.
“Para os fiéis de Santa Catarina não importam suas origens, mas as graças por ela atendidas. Assim sendo, oremos e respeitemos a sua imagem (Nossa Santa Catarina)” diz o senhor José de Souza Ferreira no texto registrado no panfleto sem data do qual resgatamos esta história³.
O panfleto ainda registra que “a visitação é pública e diária, como foi e sempre deverá ser,” na Rua Sete de Setembro, 1419, Bairro Major Pinto em Palmares do Sul”.
Referências:
¹Silva, Marina Raymundo. Navegação Lacustre Osório–Torres. Evangraf.Porto Alegre.2014, p.23-24
²Agradecemos ao senhor Ranulfo Boeira dos Santos o empréstimo do panfleto.
³Fatos narrados por José de Souza Ferreira. Panfleto. Gráfica Palmares. s/data. Obs: o texto original recebeu complementações e adaptações necessárias para sua melhor compreensão.
Fotos tiradas pela autora em 2015.

       
 
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