Há cerca de um ano, o Grêmio Literário Patrulhense reiniciou suas atividades, reunindo-se na terceira terça-feira de cada mês na Biblioteca Municipal de Santo Antônio da Patrulha.
Com um longo caminho e muito trabalho pela frente, seus membros buscam difundir a literatura e incentivar os escritores patrulhenses, embalados pelo sucesso da antologia Poesia na Praça, que este ano lança sua XXI edição.
Mas o Grêmio já consolidou seu primeiro projeto: o Chimarrão Poético do GLP.
Criado para acontecer nas praças e outros locais públicos do município, aberto comunidade em geral, onde os interessados mateiam e recitam poesias, músicas e contos, por capricho do tempo – que tem abençoado nossa iniciativa com belíssimas chuvas, tem acontecido em casas dos membros do Grêmio.
Desde sua primeira edição, em maio deste ano, reune escritores de Santo Antônio e membros da Academia dos Escritores do Litoral Norte, além de entusiastas das letras e apreciadores de 'um amargo bem cevado', e tem inspirado seus participantes, como no texto abaixo.
O próximo Chimarrão acontece dia 02 de outubro, na casa do escritor Joelson Oliveira, autor de Remoendo Sonhos e Céu de Oceano, no número 266 da Pinheiro Machado, a única rua com blog do nosso município – mas isso já é assunto pra outra postagem.
(escrito em comemoração ao III Chimarrão Poético do Grêmio Literário Patrulhense)
Já não ando pela vida. Corro.
Se “devagar se vai ao longe”, paciência e autocontrole nunca foram meu ponto forte.
Também não tenho muitas pretensões.
Ou melhor, pretendo correr muito.
Se não for muito longe, meu consolo é ter por perto o que mais amo.
Neste exato instante, corro para ser poeta.
Mas não atrás de reconhecimento ou fama, ou o que quer que venha junto com isso.
Corro porque nesta corrida desesperada pelas letras certas, pelas rimas incomuns, pelos versos mais inspirados, encontro outros corredores.
E aí está o que realmente me move nesse desenfreado caminhar: os outros.
Se vou até a linha de chegada, ou se me perderei numa curva qualquer, é apenas um detalhe.
Minha meta é seguir na estrada.
O meu troféu?
Os amigos, eternos corredores, alucinados caminhantes, insones sonhadores.
E este prêmio eu ganhei no momento da partida.
-Cássia-
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