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Ivo Ladislau
Desde os anos 70 vem se dedicando e trabalhando em pesquisas afro-açorianas e manifestações diversas pelo litoral do RS.

Compositor do Hit Coraçao de Reggae (Letra Ivo Ladislau, Musica Catuipe Jr.)

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23/11/2010
Ensaio de Pagamento de Promessa - Parte II - Os Quicumbis

Segundo alguns pesquisadores, Quicumbi, vem de cucumbe que era a comida usada pelos congos e munhambanas no dia da circuncisão de seus filhos, prática legada a várias tribos, africanas pelos árabes e as populações islamizadas. No inicio como profilaxia, posteriormente, veio a corresponder à iniciação pré-pubertaria e com ela ritos diversos: danças, festas e comezainas. Entretanto, Oscar Ribas tem um posicionamento diferenciado ou melhor acrescenta que Quicumbi, substantivo feminino, era a noiva que, principescamente trajada, percorria, em vésperas do matrimônio, no meio de uma comitiva dançante, algumas ruas da localidade, afim de homenagear as divindades da fecundação (termo quibundo). Alusão a primeira regra, também assim designada, por efeito de não haver ainda concebido.

No Sul, em Santa Catarina, o folguedo é conhecido por Cacumbi ou Ticumbi, já no Rio Grande do Sul leva o nome de Quicumbi e lembramos que 1872, segundo Stenzel Filho, na festa do Rosário em Conceição do Arroio (Osório), havia um folguedo executado por "dois ternos de negros"; o dos Quicumbis composto por crioulos nascidos no Brasil e os Maçambiques formado por negros africanos. "Os quicumbizeiros" procediam de Palmares, enquanto os outros vinham de Morro Alto.

Os Quicumbis usavam tambores e reco-reco de taquara. A recepção aos Maçambiques era feita pelos Quicumbis, havendo embaixadas entre eles. O autor comenta haver diferença entre os dois grupos: enquanto o cantar Quicumbi era impregnado de misticismo religioso os Maçambiques nem de leve se referia religião. O trajar dos Quicumbis consistia em camisa e calças brancas, avental com enfeites de fitas, capacete de papelão ornado de plumas e fitas. Nas pernas amarravam guizos; andavam descalços...

Dante de Laytano (1945), quando se refere às congadas de Osório, diz que os Quicumbis participavam, juntamente com os Maçambiques, dos festejos em louvor a nossa Senhora do Rosário, na sede daquele município. Os ternos acabaram se fundindo, desaparecendo o grupo dos Quicumbis, embora os Maçambiques adotassem parte dos trajes daqueles: aventais e o uso dos guizos junto com as maçacaias ou maçaquaias. Poderíamos, ainda, citar o uso dos Maçambiques, da puita feito de taquara que emitia um som cavernoso ao estilo de uma cuíca, hoje em desuso. Os Quicumbis, da região de Mostardas e Tavares, ainda utilizam além do tambor, o pandeiro e o reco-reco.
       
 
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