Peço desculpas aos meus seguidores. Fiquei um bom período sem atualizar meu blog por razões diversas. Recomeçar é sempre bom.
Uma boa noite a todos.
Nesse período, participei de muitas atividades culturais. Fui convidada pela professora Noemi Pelissoli de Oliveira da Escola Municipal Ensino Fundamental Indianópolis, de Tramandaí, para apreciar a encenação da Lenda do "Siri, do Linguado e da Savelha", que se encontra no meu livro Tramandaí Terra e Gente com Sonia Purper. Esta lenda foi trabalhada com seus alunos.
A Professora Noemi leciona numa turma de primeira série, turma 11. Fez um Projeto Literário Infantil "Era uma Vez... Trabalhou com eles várias histórias infantis e lendas. Eles ainda não sabem ler, mas sabem ouvir histórias, lendas, contá-las e encená-las.
Nas primeiras séries e em casa, na mais tenra idade é que se deve trabalhar para despertar o interesse da criança pelo encantado mundo da leitura.
Após a encenação, contei para eles uma história que criei, inédita, ainda, "Boto Chico e sua Família".
Depois a professora serviu chá, refrigerante e uma torta muito saborosa.
Segue a lenda que está no Livro Tramandaí Terra e Gente, de minha autoria com Sonia Purper, s pp. 90 e91.
LENDA DO SIRI DO LINGUADO E DA SAVELHA
Leda Saraiva Soares
Contam os pescadores que em certa ocasião Nossa Senhora andava catando gravetos para aquecer o Menino Jesus que ficara em casa. Fazia muito frio. A mãe de Deus caminhou muito e se perdeu.
Chegou junto a um rio e precisava atravessá-lo. Na beirinha dágua viu um linguado e perguntou-lhe:
-Linguado, a maré enche ou vaza?
O linguado retorceu-se todo, fez umas caretas, entortou a boca e, com uma voz esquisita, arremedou Nossa Senhora:
-Linguado a maré enche ou vaza?
Por castigo, desde aquele dia o linguado ficou muito feio, com a boca torta e os dois olhos de um lado só, além de ficar achatado.
A savelha que assistia a tudo, não se conteve e deu uma gargalhada, divertindo-se com o fato.
Nossa Senhora, irritada, atirou-lhe o feixe de gravetos, dizendo-lhe:
-Savelha, cada uma destas varinhas será uma espinha em teu corpo. A partir desse dia a savelha transformou-se num peixe com muitas espinhas.
Um siri que andava ali por perto e presenciara tudo, prontificou-se a atravessá-la. Nossa Senhora abençoou-o, deixando em seu casco a sua imagem.
Olhando-se detidamente a casca de um siri, vê-se ali a imagem de Nossa Senhora.
Seguem algumas fotos da encenação das crianças.
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