É com muito carinho que inicio este blog, embora seja também um desafio escrever para um site que reúne pessoas cujo trabalho acompanho e admiro, ainda mais falando sobre Santo Antônio da Patrulha, município onde nasci e resido, e que me é tão caro.
Pretendo mostrar neste blog histórias de Santo Antônio e de patrulhenses talentosos que marcam mais forte no mapa cultural do Estado o nosso município.
E já que estamos na semana em que o Estado comemora a Revolução Farroupilha, guerra em que os liberais lutaram contra o Império, estabelecendo a república, em minha primeira postagem vou falar de heróis.
Não de farrapos, carbonários ou lanceiros, mas de patrulhenses que ano após ano batalham corajosamente para realizar um Festival: a família Moenda é feita, sim, de heróis, neste texto homenageados com trechos do Hino Rio-Grandense.
Nos finais de tarde de segunda-feira, reunidos na pequena sala no Ginásio de Esportes que serve de escritório � Moenda, voluntários animados por chimarrão e rapadura discutem cada detalhe necessário para que a Moenda se realize com valor e constância.
Trocam idéias, discutem opiniões. Trabalham duro. Sonham. Um exército de anônimos guerreiros, aguerridos e bravos.
Realizam façanhas numa luta muitas vezes injusta, conhecida de quem atua e acompanha os festivais de música que se realizam por todo o Brasil, em busca de apoio, patrocínio, público e sorte.
Carregam com orgulho em suas costas o peso de um Festival que ousou romper barreiras culturais por deixar de ser exclusivamente nativista e, ainda assim, manteve sua virtude de festival gaúcho, tornando-se Patrimônio Cultural de nosso Estado.
Peleiam com amor, otimismo, garra e, por que não dizer, loucura, tal qual nossos heróis farroupilhas, unidos pelo mesmo ideal.
Mas o ideal de liberdade destes heróis Moendeiros não é separatista: tentam a cada edição do festival unir ainda mais o Brasil.
E durante três noites de Agosto saboreiam sua vitória: mais uma Moenda se realiza. Mas encerrada a batalha, sua guerra não tem fim. Ao término de cada edição começam a projetar a próxima.
Assim é a família Moenda. Que sirva de modelo a toda terra.
E falando de patrulhenses, gaúchos, heróis e de festivais, o acordeonista patrulhense Samuel Costa – o Samuca, conquistou o troféu de melhor instrumentista no 10º Serra, Campo e Cantiga de Veranópolis, nesse final de semana.
Dá-lhe Samuca! Dá-lhe Santo Antônio da Patrulha! |